Poucos não reconhecerão a eterna obra que é "O triunfo dos porcos", com nomes alternativos como "O porco triunfante", A quinta dos animais", ...; nela, Orwell fala de uma quinta de criação de animais, com patos, galinhas, vacas e demais bichos que têm um sonho comum: viver em liberdade, sem a subjugação humana. Dois porcos lideram a quinta, e tentam criar uma sociedade utópica com mandamentos simples:
1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro patas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá numa cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro patas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá numa cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.
No princípio, e seguindo estas regras, a sociedade floresce e progride, mas, com o passar do tempo, os dois porcos começam a alterar "ligeiramente" os próprios mandamentos:
4. Nenhum animal dormirá em cama com lençóis.
5. Nenhum animal beberá álcool em excesso.
6. Nenhum animal matará outro animal sem motivo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.
5. Nenhum animal beberá álcool em excesso.
6. Nenhum animal matará outro animal sem motivo.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.
Embora Orwell criasse este conto para satirizar o comunismo como expressão máxima de utopia irrealizável, teve a felicidade de conseguir que a obra servisse de comparação a quase tudo o que corresse mal na nossa sociedade, ontem ou hoje, e certamente amanhã também. Assim, o porco de que se fala hoje é real, não é produto da nossa imaginação (se fosse, seria muito retorcida, certamente).
