Ouvi há pouco nas notícias que o TGV fará parte do orçamento de estado para 2011. Isto merece uma celebração:
Yay!
Fiquei eufórico com a notícia, pois se havia algo que nos fazia falta como pão para a boca era o TGV em Portugal. Senão, vejamos:
- poderemos fazer o percurso Faro - Bragança, em linha recta, em 1h15m;
- poderemos fazer o percurso Lisboa-Faro em menos 15 minutos;
- poderemos fazer o percurso Lisboa-Porto em menos 30 minutos;
- e Espanha, terra tão distante, ficará a menos 1 hora de distância.
E TUDO GRAÇAS A ESTA MARAVILHA IMPRESCINDÍVEL PARA PORTUGAL!!!
Os custos desta empreitada são modestos: 7,7 mil milhões de euros. Esta quantia daria para o seguinte:
- inchar o PIB nacional umas poucas de vezes desenvolvendo a exportação através da criação de PRODUTOS PORTUGUESES;
- criar incentivos à produção através de microcréditos a pequenos e médios empresários;
- criar incentivos agrícolas e piscatórios e dar formação profissional a possíveis interessados, já que o actual presidente da República acha que o futuro estána exploração estes dois campos;
- criar postos de trabalho EM PORTUGAL ao invés de deixar mentes brilhantes emigrarem para Espanha e outros países, investindo na Ciência, Educação, Indústria e Serviços. Esta empreitada criará 38.000 postos de trabalho, onde toda e qualquer empresa "Estado friendly"(Engil, EDP, etc...) meterá as patas gananciosas porque o dono (o Governo) assim deixa, e o baile de favores e corrupção e interesses monetários não acaba. Mas pergunto: criará 38000 postos de trabalho durante quanto tempo?;
- aumentar os subsídios sociais REALMENTE IMPORTANTES, como os de aleitamento, reforma, incapacidade motora, ...;
- e, por fim, criar ORGULHO em ser Português, levantar cabeças e fazer-nos crer, uma vez mais,que há quem realmente se importe com Portugal e não com o vencimento régio de um político ao fim do mês. Que já não se verifica desde D. Afonso Henriques, convenhamos.
Assim, basta ejectar um primeiro-ministro mais mimado e puto reguila que um miúdo de 8 anos, que é ceguinho ao ponto de não ver que o que realmente nos faz falta é seriedade política, e não um comboio de alta velocidade que, a seu tempo, descarrilará como tantos outros comboios anteriores. Mas também não poderíamos esperar muito mais de um indivíduo indiciado várias vezes por corrupção, favorecimentos ilícitos e escândalos financeiros. Obter um diploma ao Domingo parece dar nisto.