sábado, 8 de janeiro de 2011

Ao estado que Portugal chegou...

O jornal espanhol El Mundo escreve hoje em manchete que Portugal deverá recorrer à ajuda do FMI no final do mês.
 
"Portugal à beira do resgate, mercados apontam para Espanha" é o título que faz manchete na edição de hoje do El Mundo.
O jornal espanhol destaca a subida dos juros da dívida portuguesa a 10 anos, que atingiram ontem um novo máximo histórico acima dos 7%, e baseia-se nas previsões dos analistas, que estimam que o Governo português vai acabar por ter de pedir ajuda internacional e recorrer ao fundo de ajuda europeu.
O El Mundo recorda ainda a emissão de dívida lusitana esta quarta-feira, onde Portugal teve de pagar um juro de 3,686% face aos 2,045% registados na emissão anterior comparável, realizada em Setembro último.
De acordo com o jornal espanhol, o Governo de Espanha prepara-se para ajudar Portugal, que na próxima quarta-feira, dia 12, volta a emitir dívida, desta vez obrigações do Tesouro com maturidade entre quatro e 10 anos.

Caso ainda não tenham percebido, Portugal não precisa de FMI algum, mas antes de políticos capazes e que não se julguem uns Marqueses de Pombal iluminados e tiranos. Antes de existir um FMI digamos, há 500 anos atrás, o país era a nação mais rica à face da Terra. Meio mundo era nosso (literalmente, e graças à astúcia de BONS POLÍTICOS, a melhor parte era a nossa também), mercadores e companhias revezavam-se em filas para ter o privilégio de comprar e negociar em Portugal, ao mesmo tempo que chegávamos ao Japão, algo inédito na Europa (palavras como "pan" ou "arigato" descendem respectivamente das palavras portuguesas "pão" e "obrigado", por exemplo, para não dizer que introduzimos a loucura nacional que é a tempura nesse país). Fomos os primeiros a chegar à Austrália. Fomos os primeiros a implementar portagens pagas (mau ou bom não é o que está em causa, mas sim o visionarismo). Fomos os primeiros a equipar os nossos transportes públicos com equipamentos de controlo de bilhetes totalmente digitais, bem como com sistemas de navegação GPS. Somos tão ricos como povo, e tão pobres que nada fazemos quando abusam de nós, já habituados que estamos a "ser invadidos" e subjugados desde antes do tempo dos romanos.
 O que nos leva a ser assim, indiferentes e autistas em relação à escória que nos governa? Na Grécia há atentados bombistas, desacatos civis e manifestações de gente com pelo na tromba, e em Portugal... há o eterno desfilar dos parasitas de S. Bento,  aqueles que diariamente sobem os nossos impostos, que nos pedem sacrifícios, que perguntam "Se não fosse eu a avisar, como é que Portugal estaria?", que fogem para as ex-colónias depois de burlarem o Português (Dias Loureiro), e que foram presos depois de burlar o Português (Oliveira e Costa). O que é que tem tudo isto a haver uma coisa com a outra. Se pensarmos bem, tudo. Basta pensar que os dois nomes de baixo estão intimamente associados ao ex-governo do nosso querido líder. Por isso, caros/as suaves, já sabem em quem não votar para Presidente da República em 2011. Amen.

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