Admirável Mundo Novo (Brave New World, na versão original em Inglês) é um livro escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932, que narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viver em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas. A sociedade desse futuro criado por Huxley não possui a ética religiosa e valores morais que regem a sociedade actual. Qualquer dúvida e insegurança dos cidadãos é dissipada com o consumo de uma droga sem efeitos colaterais aparentes, chamada "soma". As crianças têm educação sexual desde os mais tenros anos da vida. O conceito de família também não existe. Assim, o leitor é convidado a entrar num futuro bem próximo, sombrio, desmotivador e repleto de animosidade e indiferença.
É fácil constatar que, nos dias que correm, a obra máxima de Huxley cada vez mais se aproxima do profético: hoje já existem pessoas pré-condicionadas biologicamente, que são forçadas a viver em harmonia com as leis... mas, e se olharmos para Portugal, confirmamos que a obra só poderia ser visionária, pois não possuímos valores morais que rejam a sociedade actual, não existe o conceito de "regra social", consomem-se programas como "Perdidos na Tribo" e futebol e fait-divers e afins como se drogas fossem para anestesiar e, cumulativamente, não existe sentido de "família". E, quando digo "família", refiro-me AOS PORTUGUESES, cada um irmão do outro. Sombrio, desmotivador, repleto de animosidade e indiferença... acima de tudo indiferença, senão vejamos:
Bateram-se recordes históricos de abstenção no dia de hoje, Domingo, 5 de Junho. 41,1%. Quero dizer... estamos quase a falar de metade da população portuguesa em território nacional. Curiosamente, não houve transmissão de nenhum Benfica-Porto, nenhum Benfica-Sporting e nem outro jogo qualquer que costuma chamar as massas, qual raio de hipnose barato e amador. Também sei que não se tratou de "Perdidos na tribo", visto que "isso" só é transmitido à noite. Ora!!! Era capaz de jurar que as pessoas não foram votar por... desinteresse! Mas depressa afastei a ideia, não há povo nenhum civilizado o suficiente que se furte ao imperativo acto que é votar, claro que n... nisto, lembrei-me que estava a falar dos portugueses, e aí fiquei sem argumentos.

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